E procurou por todo o mundo. Por todos os bueiros, becos e buracos. Por todas as mentes; todos os livros, e labirintos. Procurou por todos os jardins de todas as veredas que se bifurcam. Por cada átomo. E procurou por todo mundo.
A cada passo que dava, a pegada do anterior se apagava. A cada decisão tomada, o destino se tornava mais indecidível. Quanto mais perto estava da resposta, mais rápido ela fugia. A determinação da vontade crescia enquanto a realidade minguava.
Todos os momentos se conectaram em uma complexa rede de acontecimentos. A teia de caminhos se expandiu até se entrelaçar por completo. E foi nesse momento que o tempo deixou de ser progressivo. Toda e qualquer direção era ambígua; final e começo era começo e final.
Até que, por fim, não se lembrou mais do que procurava.
2 comentários:
Realmente, o texto alcançou uma magnitude que eu considero introspectiva e recente em minha vida. A ânsia da procura, da busca... por quê?! Revelações científicas, descobertas internas, sentimentos à flor...e o homem continua na sua mediocridade abjeta, porém, inteligente. Mas pra quê? Nunca encontramos respostas que saciem nossa sede. Contudo, cheguei à conclusão de que não alcançamo-las porque as buscamos em tudo. Mas não qualquer tudo. E sim, um tudo à parte. Tudo que é externo, material, finito. Mas não as buscamos em nós mesmos.
É aí que mora o erro.
Irado o post Edgar!! E, parabéns! Muito legal o blog!!
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