E procurou por todo o mundo. Por todos os bueiros, becos e buracos. Por todas as mentes; todos os livros, e labirintos. Procurou por todos os jardins de todas as veredas que se bifurcam. Por cada átomo. E procurou por todo mundo.
A cada passo que dava, a pegada do anterior se apagava. A cada decisão tomada, o destino se tornava mais indecidível. Quanto mais perto estava da resposta, mais rápido ela fugia. A determinação da vontade crescia enquanto a realidade minguava.
Todos os momentos se conectaram em uma complexa rede de acontecimentos. A teia de caminhos se expandiu até se entrelaçar por completo. E foi nesse momento que o tempo deixou de ser progressivo. Toda e qualquer direção era ambígua; final e começo era começo e final.
Até que, por fim, não se lembrou mais do que procurava.